segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

MAIS FOTOS DA NOITE LITERÁRIA

Registros de alguns dos trabalhos realizados com os alunos durante o projeto de leitura: Marina Colasanti: Mulher em Verso & Prosa

1º  trabalho realizado: Pesquisa - Biografia de Marina Colasanti

Crônica: "Eu sei, mas não devia". (Em sala de aula, os alunos fizeram um detalhada análise sobre essa significativa crônica.)


Conto: "A Princesa Mar a Mar", um dos mais belos textos de Marina Colasanti.
Análise de diferentes contos:

Produção textual a partir da leitura do conto: "No castelo que se vai" e da pintura de René Magritte.

Conto: "Além do Bastidor" (Em sala de aula, os alunos também fizeram uma análise muito interessante desse texto.)
Poesia infanto-juvenil de Marina Colasanti: muitas rimas e brincadeira com as palavras.


Mais poesia de Marina. Agora para o público mais maduro.


Pesquisa de algumas das inúmeras premiações recebidas pela escritora homenageada.

Produção textual a partir da leitura de um artigo bastante crítico de Marina Colasanti sobre os meninos de rua.

Textos finalistas do Concurso: "A melhor notícia" na categoria: Convidado.

 Para se divertir e tirar foto. (Quem nunca quis ser princesa  ou  príncipe por um dia?)

Algumas avaliações sobre o projeto de leitura.

E muitos outros trabalhos foram expostos nesta noite literária...

FOTOS DA NOITE LITERÁRIA

Cliques e mais cliques da Noite Literária: Marina Colasanti:
 Mulher em Verso & Prosa






NOITE LITERÁRIA

A Noite Literária ocorreu no dia 13 de dezembro como culminância do projeto de leitura: Marina Colasanti: Mulher em Verso & Prosa. Estavam reunidos no auditório, as turmas 901 e 902, alguns funcionários e professores convidados e também alunos da EJA.
Foi uma noite muito agradável, recheada de literatura e muitas emoções. Eis abaixo o resumo deste singelo evento em prol da propagação de uma boa literatura para os jovens:
Às 19 h, a diretora Noemia fez a abertura do evento, dando boas-vindas a todos os presentes. Em seguida, a aluna Ruth se apresentou e resumiu o objetivo da noite literária. Logo após, a aluna Camila Alves introduziu a apresentação seguinte, relatando para o público que o texto que seria usado na performance foi elaborado a partir de entrevistas dadas por Marina Colasanti em diferentes mídias. Resultado de um prazeroso trabalho de pesquisa ao longo do ano realizado pelos alunos e professora. Assim aconteceu a perfomance da aluna Thaynara Ogaya  que incorporou a vida da escritora e fez com que o público conhecesse um pouco da fascinante biografia de Marina Colasanti.
Após esse primeiro momento, houve a apresentação no datashow de trechos de uma entrevista da escritora concedida à editora Saraiva.
Em seguida, a aluna Leila explicou ao público a definição de conto fantástico, gênero preferido da escritora homeageada.E todos assistiram ao vídeo produzido pelas alunas: Ruth, Líbia e Thaynara Paula: UMA IDEIA TODA AZUL.Conto que passa uma significativa mensagem sobre o egoísmo de um Rei que guardou uma linda ideia para sempre em seu castelo e não a compartilhou com ninguém do seu reino.
Logo após, o aluno Yuri introduziu o jogral da poesia UMA CASA SE FAZ. Jogral este que teve a participação das seguintes alunas: Stefany, Nathália Siqueira, Roberta Quirino, Lidiane e Andressa.
O aluno Luan fez um comentário sobre a atração seguinte: um poema intitulado: "DEBAIXO DOS SEUS CASCOS" declamado com muita emoção pela aluna Stefany.
Dando continuidade ao evento, a aluna Líbia explicou ao público o envolvimento da escritora com temas ligados ao feminismo e para ilustrar o quanto seus textos seguem essa temática, a professora Wagna foi convidada a ler o conto: A MOÇA TECELÃ. 
Mais adiante, a aluna Thaynara Ogaya introduziu a homenagem que seria feita em seguida por dois convidados representando personagens muito presentes nos contos fantásticos de Marina: a figura do príncipe e da princesa. Ao som da música: "Entre uma balada e um blues", de Oswaldo Montenegro, os pequenos convidados: Daniel e Isabelle entraram e emocionaram a todos.
Após esse momento de resgate do encantamento concedido pela literatura fantástica, as alunas Nathália Siqueira e Stefany deram um depoimento sobre o projeto de leitura realizado durante o ano de 2011 e o quanto os textos trabalhados foram importantes para a formação desses jovens leitores.
Em seguida, a diretora Odicéia anunciou os vencedores do concurso: A MELHOR NOTÍCIA, que consistia em dar continuidade ao texto da Marina Colasanti: A notícia e o mel respondendo à pergunta: Que notícia você daria ao rei?
Os vencedores foram:
Categoria Aluno:
2º lugar: Thaynara Ogaya
1º lugar: Stefany
Categoria: Convidados
1º lugar: Professor André Marques
Também foram homenageados os pais de alunos: Ramona e Sidney que se inscreveram na categoria: Convidado.
Os primeiros colocados ganharam os livros: UMA IDEIA TODA AZUL, vencedor de vários prêmios, entre eles, O MELHOR PARA O JOVEM, da FNLIJ. e MINHA GUERRA ALHEIA, finalista do concurso literário Portuga TELECOM
Os vencedores leram seus textos e em seguida, receberam os prêmios.
Logo após esse momento, a professora Solange Galdo prestou uma homenagem à professora Jaline, "idealizadora" desse projeto e para encerrar o evento, a diretora Noemia convidou todos os presentes a participarem de um coquetel no refeitório da escola. 
Assim, aconteceu a Noite Literária: Marina Colasanti: Mulher em Verso & Prosa mostrando a todos que a escola pública, mesmo sem recursos financeiros, mesmo depois de um período de greve, mesmo com a transferência de tantos alunos... é, ainda assim, capaz de produzir, de forma simples, porém eficaz, um projeto tão significativo de incentivo à leitura e incutir nos alunos a vontade, o desejo...de ser um leitor proficiente.
Que após esse evento, todos os participantes possam pronunciar as sábias  palavras de Marina Colasanti: "Não consigo imaginar a vida sem leitura"

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aos meus alunos

Alunos queridos, sinto muito por termos  que ter mudado nossas vidas por causa dessa greve que já dura um mês. Sei que muitos de vocês não gostariam de ter mudado de escola, mas pela necessidade de terminar o ano letivo junto com o ano civil foram obrigados a isto. Agradeço aos pais que estão conosco nesta luta por um salário digno. Com certeza, faremos tudo que for preciso para que os alunos que continuam na EMAFA não sejam prejudicados. Vou sentir falta dessas duas turmas barulhentas, mas cheias de energia e criatividade.A todos vocês dedico o trecho abaixo de um dos meus escritores preferidos.
 "Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."
(Rubem Alves)
Lutamos por uma escola de qualidade e por isso defendemos nossos direitos!!!!!Não podemos ficar engaiolados, oprimidos sob controle dos governantes. É preciso lutar pelos nossos direitos e cumprirmos nossos deveres com dignidade. Pelas mãos do educador passam infinitas profissões. É hora portanto, de valorizá-lo!
Aos alunos transferidos: sucesso em seus novos projetos, novas escolas, novos professores e colegas de classe.
Aos que permaneceram conosco na EMAFA aguardem que voltaremos tão logo essa situação se resolva.
Carinhosamente,
Professora Jaline

Além do bastidor

Mais um conto da Marina Colasanti!!!!!!!!!
Além do bastidor

Começou com linha verde. Não sabia o que bordar, mas tinha certeza do verde, verde brilhante.
Capim. Foi isso que apareceu depois dos primeiros pontos. Um capim alto, com as pontas dobradas como se olhasse para alguma coisa.
Olha para as flores, pensou ela, e escolheu uma meada vermelha.
Assim, aos poucos, sem risco, um jardim foi aparecendo no bastidor. Obedecia às suas mãos, obedecia ao seu próprio jeito, e surgia como se no orvalho da noite se fizesse a brotação.
Toda manhã a menina corria para o bastidor, olhava, sorria, e acrescentava mais um pássaro, uma abelha, um grilo escondido atrás de uma haste.
O sol brilhava no bordado da menina.
E era tão lindo o jardim que ela começou a gostar dele mais do que de qualquer outra coisa.
Foi no dia da árvore. A árvore estava pronta, parecia não faltar nada. Mas a menina sabia que tinha chegado a hora de acrescentar os frutos. Bordou uma fruta roxa, brilhante, como ela mesma nunca tinha visto. E outra, e outra, até a árvore ficar carregada, até a árvore ficar rica, e sua boca se encher do desejo daquela fruta nunca provada.
A menina não soube como aconteceu. Quando viu, já estava a cavalo do galho mais alto da árvore, catando as frutas e limpando o caldo que lhe escorria da boca.
Na certa tinha sido pela linha, pensou na hora de voltar para casa. Olhou, a última fruta ainda não estava pronta, tocou no ponto que acabava em fio. E lá estava ela, de volta na sua casa.
Agora que já tinha aprendido o caminho, todo dia a menina descia para o bordado. Escolhia primeiro aquilo que gostaria de ver, uma borboleta, um louva-deus. Bordava com cuidado, depois descia pela linha para as costas do inseto, e voava com ele, e pousava nas flores, e ria e brincava e deitava na grama. O bordado já estava quase pronto. Pouco pano se via entre os fios coloridos. Breve, estaria terminado.
Faltava uma garça, pensou ela. E escolheu uma meada branca matizada de rosa. Teceu seus pontos com cuidado, sabendo, enquanto lançava a agulha, como seriam macias as penas e doce o bico. Depois desceu ao encontro da nova amiga.
Foi assim, de pé ao lado da garça, acariciando-lhe o pescoço, que a irmã mais velha a viu ao debruçar-se sobre o bastidor. Era só o que não estava bordado. E o risco era tão bonito, que a irmã pegou a agulha, a cesta de linhas, e começou a bordar.
Bordou os cabelos, e o vento não mexeu mais neles. Bordou a saia, e as pregas se fixaram. Bordou as mãos, para sempre paradas no pescoço da garça. Quis bordar os pés, mas estavam escondidos pela grama. Quis bordar o rosto, mas estava escondido pela sombra. Então bordou a fita dos cabelos, arrematou o ponto, e com muito cuidado cortou a linha.
(Marina Colasanti)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

UMA IDEIA TODA AZUL

MAIS UM MOMENTO DE ENCANTAMENTO COM O CONTO: Uma ideia toda azul, de Marina Colasanti!!!! Vale a pena ler e reler!!!


Um dia o Rei teve uma ideia. Era a primeira da vida toda, e tão maravilhado ficou com aquela ideia azul, que não quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o jardim, correu com ela nos gramados, brincou com ela de esconder entre outros pensamentos, encontrando-a sempre com igual alegria, linda ideia dele toda azul.
Brincaram até o Rei adormecer encostado numa árvore.
Foi acordar tateando a coroa e procurando a ideia, para perceber o perigo. Sozinha no seu sono, solta e tão bonita, a ideia poderia ter chamado a atenção de alguém.
Bastaria esse alguém pegá-la e levar. É tão fácil roubar uma ideia: Quem jamais saberia que já tinha dono?
Com a ideia escondida debaixo do manto, o Rei voltou para o castelo. Esperou a noite. Quando todos os olhos se fecharam, saiu dos seus aposentos, atravessou salões, desceu escadas, subiu degraus, até chegar ao Corredor das Salas do Tempo.
Portas fechadas, e o silêncio.
Que sala escolher?
Diante de cada porta o Rei parava, pensava, e seguia adiante. Até chegar à Sala do Sono.
Abriu. Na sala acolchoada os pés do Rei afundavam até o tornozelo, o olhar se embaraçava em gazes, cortinas e véus pendurados como teias.
Sala de quase escuro, sempre igual. O Rei deitou a ideia adormecida na cama de marfim, baixou o cortinado, saiu e trancou a porta.
A chave prendeu no pescoço em grossa corrente. E nunca mais mexeu nela.
O tempo correu seus anos. Ideias o Rei não teve mais, nem sentiu falta, tão ocupado estava em governar. Envelhecia sem perceber, diante dos educados espelhos reais Que mentiam a verdade. Apenas, sentia-se mais triste e mais só, sem que nunca mais tivesse tido vontade de brincar nos jardins.
Só os ministros viam a velhice do Rei. Quando a cabeça ficou toda branca, disseram-lhe que já podia descansar, e o libertaram do manto.
Posta a coroa sobre a almofada, o Rei logo levou a mão à corrente.
Ninguém mais se ocupa de mim - dizia atravessando salões e descendo escadas a caminho das Salas do Tempo - ninguém mais me olha. Agora posso buscar minha Linda ideia e guardá-la só para mim.
Abriu a porta, levantou o cortinado.
Na cama de marfim, a ideia dormia azul como naquele dia.
Como naquele dia, jovem, tão jovem, uma ideia menina. E linda. Mas o Rei não era mais o Rei daquele dia.
Entre ele e a ideia estava todo o tempo passado lá fora, o tempo todo parado na Sala do Sono. Seus olhos não viam na ideia a mesma graça. Brincar não queria, nem rir. Que fazer com ela? Nunca mais saberiam estar juntos como naquele dia.
Sentado na beira da cama o Rei chorou suas duas últimas lágrimas, as que tinha guardado para a maior tristeza.
Depois baixou o cortinado, e deixando a ideia adormecida, fechou para sempre a porta.
(Este conto, de Marina Colasanti, faz parte do livro com o mesmo nome. Global Editora e Distribuidora)


sexta-feira, 27 de maio de 2011

CRÔNICA: EU SEI MAS NÃO DEVIA

Em outras aulas, lemos o conto: Palavras Aladas e assistimos ao vídeo com uma entrevista com a escritora Marina Colasanti. Hoje iremos conhecer uma famosa crônica desta escritora.
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
"A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma."



Assista ao vídeo abaixo e em seguida, poste um comentário sobre a mensagem transmitida pela crônica.

ENTREVISTA COM MARINA COLASANTI

CONHECENDO MAIS UM POUQUINHO DO "FAZER LITERÁRIO" DESTA FASCINANTE ESCRITORA...
Assista ao vídeo com a escritora Marina Colasanti e em seguida, poste um comentário com sua apreciação crítica.

terça-feira, 24 de maio de 2011

CONTO:PALAVRAS ALADAS

Vamos iniciar nossa coletânea de textos da Marina Colasanti pelo conto: PALAVRAS ALADAS!!!!! Embarque nesse conto fantástico!!!!


"Silêncio era a coisa de que aquele rei mais gostava. E de que, a cada dia, mais parecia gostar. Qualquer ruído, dizia, era faca em seus ouvidos.
Por isso, muito jovem ainda, mandou construir altíssimos muros ao redor do castelo. E logo, não satisfeito, ordenou quepor cima dos muros, e por cima das torres, por cima dos telhados e dos jardins, passasse imensa redoma de vidro.
Agora sim, nenhum som entrava no castelo.O mundo podia gritar lá fora, que dentro nada se ouviria. E mesmo a tempestade fez-se muda, sem que rolar de trovão ou correr de vento pertubassem a serenidade das sedas.
-Ouçam que preciosidade!- dizia o rei. E toda a corte se calava ouvindo embevecidamente coisa alguma.
Mas se os sons não podiam entrar, verdade é que também não podiam sair. Qualquer palavra dita, qualquer espirro, soluço, canto, ficava vagando prisioneiro do castelo, sem que lhe fossem de valia fresta de janela ou porta esquecida aberta. Pois se ainda era possível escapar às paredes, nada os libertava da redoma.
Aos poucos, tempo passando sem que ninguém lhe ouvisse os passos, palavras foram se acumulando pelos cantos, frases serpentearam na superfície dos móveis, interjeições salpicaram as tapeçarias, um miado de gato arranhou os corredores.
E tudo teria continuado assim, se um dia, no exato momento em que sua majestade recebia um embaixador estrangeiro, não atravessasse a sala do trono uma frase desgarrada. Frase de cozinheiro que, sobrepondo-se aos elogios reais, mandou o embaixador depenar, bem depressa, uma galinha.
Mais do que os ouvidos, a frase feriu o orgulho do rei. Furioso, deu ordens para que todos os sons usados fossem recolhidos, e para sempre trancados no mais profundo calabouço.
Durante dias os cortesãos empenharam-se naquele novo esporte que os levava a sacudir cortinas e a rastejar sob os móveis(...) Enfim, divertiram-se tanto, tão entusiasmados ficaram com a tarefa, que acabaram por instituir a Temporada Anual de Caça à Palavra.
De temporada em temporada, esvaziava-se o castelo de seus sons, enchia-se o calabouço de conversas. A tal ponto que o momento chegou em que ali não cabia mais sequer o quase silêncio de uma vírgula. E o Mordomo Real viu-se obrigado a transferir secretamente parte dos sons para aposentos esquecidos do primeiro andar.
Foi portanto por acaso que o rei passou frente a um desses cômodos. E passando ouviu um murmúrio, rasgo de conversa. Pronto a reclamar, já a mão pousava na maçaneta, quando o calor daquela voz o reteve. E inclinado à fechadura para melhor ouvir, o rei colheu as lavas, palavras, com que um jovem, de joelhos talvez, derramava sua paixão aos pés da amada.
A lembrança daquelas palavras pareceu voltar ao rei de muito lonte, atravessando o tempo, ardendo novamente no peito. E cada uma ele reconheceu com surpresa sua própria voz, sua jovem paixão. Era sua aquela conversa de amor há tantos anos trancada. Frio da longa meada do passado, vinha agora envolvê-lo, religá-lo a si mesmo, exigindo sair de calabouços.
-Que se abram as portas!- gritou comovido, pela primeira vez gostando do seu grito, ele que sempre havia falado tão baixo. E escancarou os batentes à sua frente.
-Que se derrube a redoma!-lançou então o rei com todo o poder de seus pulmões. -Que se abatam os muros!
E desta vez vai o grito por entre o estilhaçar, subindo, planando, pássaro-grito que no azul se afasta, trazendo atrás de si em revoada frases, cantigas, epístolas, ditados, sonetos, epopéias, discursos e recados, e ao longe- maritacas-um bando de risadas. Sons que no espaço se espalham levando ao mundo a vida do castelo, e que, aos poucos, em liberdade se vão."

MARINA COLASANTI

Neste 2º bimestre, a turma 901 irá conhecer diferentes textos da escritora Marina Colasanti com o propósito de fazermos uma homenagem a esta fabulosa escritora na Semana Literária que a EMAFA promoverá neste ano letivo.Nada melhor do que começarmos pela biografia!!!!!
                    BIOGRAFIA DE MARINA COLASANTI 


Marina Colasanti (Sant'Anna) nasceu em 26 de setembro de 1937, em Asmara (Eritréia), Etiópia. Viveu sua infância na Africa (Eritréia, Líbia). Depois seguiu para a Itália, onde morou 11 anos. Chegou ao Brasil em 1948, e sua família se radicou no Rio de Janeiro, onde reside desde então.


Possui nacionalidade brasileira e naturalidade italiana.Entre 1952 e 1956 estudou pintura com Catarina Baratelle; em 1958 já participava de vários salões de artes plásticas, como o III Salão de Arte Moderna. Nos anos seguintes, atuou como colaboradora de periódicos, apresentadora de televisão e roteirista.Ingressou no Jornal do Brasil em 1962, como redatora do Caderno B, desenvolveu as atividades de: cronista, colunista, ilustradora, sub-editora, Secretária de Texto. Foi também editora do Caderno Infantil do mesmo jornal. Participou do Suplemento do Livro com numerosas resenhas.No mesmo período editou o Segundo Tempo, do Jornal dos Sports. Deixou o JB em 1973.Assinou seções nas revistas: Senhor, Fatos & Fotos, Ele e Ela, Fairplay, Claudia e Jóia.Em 1976 ingressou na Editora Abril, na revista Nova da qual já era colaboradora, com a função de editora de comportamento.De fevereiro a julho de 1986 escreveu crônicas para a revista Manchete.Deixa a Editora Abril em 1992, como editora especial, após uma breve permanência na revista Claudia, tendo ganho três Prêmios Abril de Jornalismo.De maio de 1991 a abril de 1993 assinou crônicas semanais no Jornal do Brasil.De 1975 até 1982 foi redatora na agência publicitária Estrutural, tendo ganho mais de 20 prêmios nesta área.Atuou na televisão como entrevistadora de Sexo Indiscreto - TV Rio, ee entrevistadora de Olho por Olho - TV Tupi.Na televisão foi editora e apresentadora do noticiário Primeira Mão -TV Rio, 1974; apresentadora e redatora do programa cultural Os Mágicos -TVE, 1976; âncora do programa cinematográfico Sábado Forte -TVE, de 1985 a 1988; e âncora do programa patrocinado pelo Instituto Italiano de Cultura, Imagens da Itália- TVE, de 1992 a 1993.Em 1968, foi lançado seu primeiro livro, Eu Sozinha; desde então, publicou mais de 30 obras, entre literatura infantil e adulta. Seu primeiro livro de poesia, Cada Bicho seu Capricho, saiu em 1992. Em 1994 ganhou o Prêmio Jabuti de Poesia, por Rota de Colisão (1993), e o Prêmio Jabuti Infantil ou Juvenil, por Ana Z Aonde Vai Você?. Suas crônicas estão reunidas em vários livros, dentre os quais Eu Sei, mas não Devia (1992) que recebeu outro prêmio Jabuti, além de Rota de Colisão igualmente premiado.Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Dentre outros escreveu E por falar em amor; Contos de amor rasgados; Aqui entre nós, Intimidade pública, Eu sozinha, Zooilógico, A morada do ser, A nova mulher (que vendeu mais de 100.000 exemplares), Mulher daqui pra frente, O leopardo é um animal delicado, Gargantas abertas e os escritos para crianças Uma idéia toda azul e Doze reis e a moça do labirinto de vento. Colabora, atualmente, em revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna com quem teve duas filhas: Fabiana e Alessandra.Em suas obras, a autora reflete, a partir de fatos cotidianos, sobre a situação feminina, o amor, a arte, os problemas sociais brasileiros, sempre com aguçada sensibilidade.








terça-feira, 26 de abril de 2011

PRODUÇÃO DE MINICONTOS

Após leitura e análise de minicontos, o livro Tudo é linguagem, 9º ano, traz como proposta de produção textual a criação de um miniconto a partir de uma gravura. Vamos apreciar algumas produções dos alunos?

Amor


Flores para uma linda flor. Bombons para esconder a dor de perder o seu grande amor. (Ruth)

As flores


Quando viu Donald se encantou com as flores. E não com ele!

(Max Saymon)



Sentado em frente a uma paisagem imóvel. Por pouco não está dentro dela.

(Brunna Glória)



Acorda, levanta, vai pensar na vida...

Observa, imagina, viaja, sonha e acorda.

(Nikole)



Sonhos estranhos


Por que ele fica encarando?

(30 minutos)

Ainda continua, “que bizarro”!

(2 horas)

Ah, tá...

Entendeu, Margarida?

Ele está dormindo!!!!

(Thaynara Ogaya)

MINICONTOS

O miniconto é uma espécie de conto muito pequeno, produção esta que tem sido associada ao minimalismo. Embora a teoria literária ainda não reconheça o miniconto como um gênero literário à parte, fica evidente que as características do que chamamos de miniconto são diferentes das de um "conto pequeno".
No miniconto muito mais importante que mostrar é sugerir, deixando ao leitor a tarefa de "preencher" as elipses narrativas e entender a história por trás da história escrita.
Uma das características do microtexto é sua ligação com as novas tecnologias de informação e comunicação, tais como MSN, twitter, facebook...
Características do miniconto:
• Concisão


• Narratividade (muitos dos ditos minicontos são, na verdade, tiradas líricas)

• Totalidade (um miniconto não é uma story line)

• Subtexto

• Ausência de descrição

• Retrato de "pedaços da vida"

- O miniconto é bastante próximo do ritmo de vida dos jovens de hoje, que interagem com várias coisas ao mesmo tempo. Assim como a velocidade da informação, o miniconto é uma experiência literária instantânea.

Veja alguns exemplos:

                            BALA PERDIDA


                          Acorda, levanta, vai ganhar a vida...

                           (Disparos)

                        ... passou tão rápida.

                         (Wilson Freire)

                                FIM DE PAPO


                         Na milésima segunda noite,

                         Sherazade degolou o sultão.

                         (Antônio Carlos Secchin)



                             CRIAÇÃO

                         No sétimo dia, Deus descansou.

                        Quando acordou, já era tarde.

                            (Tatiana Blum)








terça-feira, 29 de março de 2011

AULA DO DIA 25 DE MARÇO

"Na aula de hoje, a professora Jaline começou falando sobre a Prova Brasil. Em seguida, nos comunicou que iria passar um teste de interpretação de texto para nos preparar para a Prova Brasil, que acontecerá este ano.
Logo que terminamos o teste, ela fez a correção oralmente, e eu fiquei feliz porque só tive dois erros.
Depois ela passou um texto falando sobre o que é um blog e nos deu o endereço eletrônico do nosso blog.
Assim que terminamos de cumprir todas as atividades, os alunos começaram a conversar como sempre e a professora Jaline já foi ficando "nervosa" e mandou todos ficarem quietos ou conversarem mais baixo.
Por fim, o sinal tocou e Jaline me entregou o caderno de relatório dizendo que eu teria que fazer o relatório da aula de hoje para o blog. Eu tentei dizer não, mas como sempre, ela com seu jeitinho, me mandou escrever. Aí, ela foi dar aula em outra turma. "
Caroline dos Santos

segunda-feira, 21 de março de 2011

DIA MUNDIAL DA POESIA

                    21 DE MARÇO: DIA MUNDIAL DA POESIA
" CHEGA MAIS PERTO E CONTEMPLA AS PALAVRAS.
   CADA UMA
   TEM MIL FACES SECRETAS SOB A FACE NEUTRA
   E TE PERGUNTA, SEM INTERESSE PELA RESPOSTA,
   POBRE OU TERRÍVEL, QUE LHE DERES:
   TROUXESTE A CHAVE?"

                                 ( Carlos Drummond de Andrade)

Aluno, um desafio para você! Escolha um trecho de uma poesia de que goste bastante e poste no comentário referente ao dia mundial da poesia.
Vamos compartilhar esse gênero textual tão singelo e ao mesmo tempo tão profundo, capaz de traduzir em palavras o que o coração está sentindo, o que o homem tem de mais bonito dentro de si.
Desafio lançado! Na vale repetir poesia e nem escolher qualquer uma ao acaso.



                  

AULA DO DIA 18 DE MARÇO

"Na aula de hoje, a professora Jaline deu produção textual, que por sinal, eu adoro!
Ela passou um pequeno texto sobre a importância da produção textua, depois passou um exercício parecido com uma dinâmica. Ela falava o tema, nós escrevíamos sobre o assunto. Todos os temas estavam relacionados ao terremoto e a tsunami no Japão. Foi engraçado, pois muita gente falou coisas sem noção e Jaline (com muita raiva) tentava esconder sua decepção.
No final Jaline nos deu uma folhinha perguntando se nós lemos jornais e etc Ela ficou decepcionada comigo porque eu disse que não leio nada. E logo depois bateu o sinal. Mas só Jaline é Jaline!!!!!"
Max Saymon

AULA DO DIA 15 DE MARÇO

"Hoje foi um dia de pouca tarefa. Ao iniciar a aula, a professora Jaline fez a correção da atividade anterior, depois iniciou a leitura de dois textos. Passou atividade de interpretação de texto no livro. Todos os alunos ficaram quietos para ela fazer a chamada. No entanto, depois ela deu uma saidinha no corredor e ela falou:
"Fiquem do jeito que estão!!Já volto!!"
Quando ela chegou, foi dando visto no dever, e alguns minutos depois o sinal bateu e ela falou:
-"Não esqueçam do caderno de produção textual."
Professora Legal? Só Jaline"
Leila Ribeiro

AULA DO DIA 14 DE MARÇO

"A aula de hoje foi muito bem conduzida pela professora Jaline. Ao iniciar a aula, foi feita a correção da atividade passada. Após a correção, foi realizada uma longa, chata e entendiante leitura para esclarecer dúvidas de alguns alunos que não entenderam a matéria.
-Pelo amor de Deus!!!Que matéria fácil!
Depois dessa leitura, a professora distribuiu uma folha mimeografada com três atividades. Enquanto o exercício era feito, a sala de aula ficou num silêncio profundo, dava para ouvir o barulho do ventilador velho rodando.
Pôxa!!A professora já marcou prova. Para quê essa pressa? Nem deu tempo para gravar aquelas orações estranhas e complicadas.
No  final começou o falatório, mas nada que atrapalhasse o desenvolvimento da aula.
Aula de Português? Só com Jaline!!!!!
Brunna Glória"

quarta-feira, 9 de março de 2011

NOVA TURMA 901/EMAFA -2011

Um novo ano letivo se inicia. Momento de expectativas, criação de metas e objetivos.
Este blog continuará com a finalidade de ser um espaço interativo entre a professora Jaline, de Língua Portuguesa, e seus alunos do 9º ano. Um espaço também para os pais acompanharem o trabalho desenvolvido em sala de aula. Vamos aproveitá-lo?
1º dia de aula: 07 de fevereiro de 2011
" A professora Jaline deu boas-vindas aos alunos. Explicou seu método de trabalho pedagógico e em seguida, distribuiu textos de diferentes gêneros textuais sobre uma mesma temática para uma posterior interpretação da polissemia do vocábulo pedra em seus diferentes contextos.
Vamos conhecer os textos?




Texto 01: A LENDA DA PEDRA

Conta a lenda que um rei de um país muito distante, para lá dos mares, era muito sábio e não poupava esforços para incutir bons hábitos nos seus súditos.
Uma noite, enquanto todos dormiam, pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois foi esconder-se atrás de uma cerca e esperou para ver o que acontecia.
Primeiro, veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes:
-“Onde já se viu tamanho descuido? “ – disse ele contrariado, enquanto desviava-se da pedra. “Por que esses preguiçosos não mandam retirar a pedra da estrada?”
E continuou o seu caminho reclamando sobre a inutilidade dos outros...
Logo depois surgiu a cantar um jovem soldado.Ele pensava no dia em que revelaria sua coragem na guerra. Distraído, acabou não vendo a pedra e tropeçou nela, estatelando-se no chão. Ergueu-se, sacudiu a poeira, pegou a estrada e saiu a reclamar dos preguiçosos que insensatamente haviam deixado uma pedra tão grande no meio da estrada. Também ele se afastou sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra do caminho.
Assim correu o dia. Todos os que por ali passavam reclamavam, resmungavam por causa da pedra, mas ninguém a tocava.
Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro passou por lá. Era muito trabalhadora e estava cansada, mas disse consigo própria: “- Já está quase a escurecer e de noite alguém pode tropeçar nesta pedra e ferir-se gravemente. Vou tirá-la do caminho.”E tentou arrastá-la dali. Empurrou, puxou, inclinou-a até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra. Na tampa havia os seguintes dizeres: “Esta caixa pertence a quem retirar a pedra.” Ela abriu a caixa imediatamente e descobriu que estava cheia de ouro.
A filha do moleiro foi para casa muito feliz.
Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local onde se encontrava a pedra e puseram-se a revolver o pó da estrada, na esperança de encontrarem algum pedacinho de ouro.
O rei que ali continuava a observar tudo caminhou em direção aos súditos e disse:
“-Meus amigos, com freqüência encontramos obstáculos em nosso caminho. Podemos nos desviar deles e sair reclamando da vida ou podemos enfrentá-los e descobrir o que significam. A escolha é de cada um.”
Texto 02: NO MEIO DO CAMINHO, Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Texto 03: A PEDRA

O distraído nela tropeçou...
O bruto a usou como projétil...
O empreendedor, usando-a, construiu...
O camponês, cansado da vida, dela fez assento...
Para meninos, foi brinquedo...
Drummond a poetizou...
Já Davi matou Golias
E Michelângelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas sim no homem!
Não existe pedra no seu caminho que não possa ser aproveitada para o seu próprio crescimento.
Autor Desconhecido

A turma leu e interpretou os textos com a ajuda da professora e cada um deve a oportunidade de comentar sobre o trecho que mais gostou.


DESEJO A CADA ESTUDANTE DO 9º ANO QUE SAIBA FAZER A DIFERENÇA COM AS PEDRAS QUE ENCONTRAR NO MEIO DO CAMINHO  E TRANSFORMÁ-LAS EM VITÓRIAS.
Carinhosamente,
                                                                                                                 Professora Jaline